quinta-feira, 18 de abril de 2013

Outubro



Ainda que a dúvida ou o ódio faça parte de ti
continuarei um ser complexo até mesmo pra mim
assim como você é, às vezes, pra você e para os outros.

Me contento com 'migalhas'
afundo em mim mesmo e assim permaneço
sendo, deveras, um completo antipático e
comumente, um bipolar.

De fato, o que há, é um bem-querer imenso de ti
mesmo que as palavras outrora tenham proporcionado sentido diferente
contrariando estas e outras palavras pretéritas, também.

O que há - mais uma vez - é o regojizo diante da tua evolução
indistintamente
quando alça voo a caminho da tua felicidade.

E eu... eu só tenho que dizer - Vá! Voe cada vez mais alto -
e mesmo que eu ou qualquer um dissesse que "não", deverias voar
voar e bailar eternamente.

Por mais que a gente encubra um retrato tentando esquecê-lo
em algum momento o fotografamos em nossa memória
quando não em lugar pior: em nosso coração.

Que fazer com o quadro, então?
Suponho, humildemente, admirá-lo
e torcer para que ele, magicamente, torne-se mais belo
torne-se animado.

Que o passado permaneça em segredo
mas um segredo entre dois pontos
não mais que isso.

E que estas palavras desapareçam daqui e daí
como num passe de mágica
e fique somente no coração, se forem merecedoras.

Estas singelas palavras
erradas, talvez
sejam guardadas aí, bem no peito.

Ou, se quiser, poderá jogá-las fora
as palavras
e jamais lembrá-las, nem mesmo para tecer comentários.

E, às vezes, um está muito abaixo do outro
para que ambos possam estar juntos
e, com medo, o menor prefere afastar-se...

Pois o mundo é demasiado monstruoso
impiedoso
para com os fracos.

Mas, para ti, o mundo é um nada
pois és uma fortaleza de mulher
uma fortaleza feminina.

Bailarina.


Jônatas Mário Morais

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